quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Leitor de Borges


Os livros despertam a imaginação... você não está cansado de ler isto? Eu já li essa frase milhares de vezes e entendi o recado na primeira. Mas parece que muitos ainda não. Ela é simples, quer dizer o que está dizendo.

A leitura é uma das poucas coisas que podemos fazer sozinhos sem estarmos sós. São personagens que nos acompanham, nos fazem rir e chorar. Cenários que não saem da nossa cabeça. Mas nos sentimos assim apenas diante de um bom livro. E são esses bons livros que ficam marcados na memória.

Para quem gosta de ler e tem sede de conhecimento indico “Uma História da Leitura”, de Alberto Manguel. A obra de 400 páginas (se você é leitor mesmo não vai se assustar) é uma verdadeira enciclopédia sobre leitores, leituras e livros. É um passeio sobre como surgiu a escrita, os primeiros leitores, a leitura silenciosa (antes era apenas em voz alta), as formas de livros, o roubo de livros, os copistas, as leituras proibidas, a Bíblia de Gutenberg e muito mais.

Li este livro há 6 anos. Não conhecia o autor, mas ele acabou me conquistando. Manguel é argentino naturalizado canadense. Não é conhecido do grande público porque a maioria de seus livros são ensaios. Quando o indico para alguém a maior referência sobre ele é esta: Manguel foi um “leitor” de Borges. Essa experiência também está em “Uma História da Leitura”. Não preciso dizer mais nada.    

Ah... ia esquecendo. Ele lançou um romance em 2010, “Todos os homens são mentirosos” e estará na Jornada Literária de Passo Fundo, em agosto.